Ela nunca mais seria a mesma
Quando ela viu aquilo, achou que não deveria esquecer. Criou uma pastinha no próprio correio eletrônico, onde guardou uma por uma das mensagens que os dois - ele e a outra - haviam trocado.
Ela achava que poderia sentir saudade, um dia. E tinha medo de esquecer quanto mal aquilo tinha lhe feito. De não lembrar, no futuro, o quanto tinha se sentido feia e sem graça. Traída, de verdade. Sem chão, sem saída. De como todas as músicas bregas, até a mais ridícula que ela pudesse lembrar, haviam feito sentido naquele momento. E que, por mais engraçado que isso pudesse soar, não teve a mínima graça.
Vai que um dia ela levasse em consideração toda a parceria, todo o tesão que já tiveram um pelo outro. Ela poderia sofrer quando lembrasse o quanto era feliz ao lado dele. Feliz a ponto de ter vontade de dar pulos. As aventuras juntos, as refeições feitas no mesmo prato. As trocas de olhares que diziam tudo, sem precisar de palavras.
A pastinha ficou lá por muito tempo. Mas, naquele dia, ela viu que não precisava mais dela. Não precisava mais ficar relendo aquelas trocas de palavras porcas, que tanto faziam mal. Apagou todas as mensagens.
As lembranças boas continuavam lá, mas não lhe causavam nostalgia. As ruins também, mas não eram mais necessárias para garantir nada.
A história tinha sido linda e horrorosa, mas tinha passado. Como outras que já haviam acontecido e outras que estariam por vir.
Ela achava que poderia sentir saudade, um dia. E tinha medo de esquecer quanto mal aquilo tinha lhe feito. De não lembrar, no futuro, o quanto tinha se sentido feia e sem graça. Traída, de verdade. Sem chão, sem saída. De como todas as músicas bregas, até a mais ridícula que ela pudesse lembrar, haviam feito sentido naquele momento. E que, por mais engraçado que isso pudesse soar, não teve a mínima graça.
Vai que um dia ela levasse em consideração toda a parceria, todo o tesão que já tiveram um pelo outro. Ela poderia sofrer quando lembrasse o quanto era feliz ao lado dele. Feliz a ponto de ter vontade de dar pulos. As aventuras juntos, as refeições feitas no mesmo prato. As trocas de olhares que diziam tudo, sem precisar de palavras.
A pastinha ficou lá por muito tempo. Mas, naquele dia, ela viu que não precisava mais dela. Não precisava mais ficar relendo aquelas trocas de palavras porcas, que tanto faziam mal. Apagou todas as mensagens.
As lembranças boas continuavam lá, mas não lhe causavam nostalgia. As ruins também, mas não eram mais necessárias para garantir nada.
A história tinha sido linda e horrorosa, mas tinha passado. Como outras que já haviam acontecido e outras que estariam por vir.
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