sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Rancho de amor à Ilha


Linda declaração do Mestre Zininho, considerada hino de Florianópolis. Se eu tivesse o mesmo talento, teria escrito a mesma coisa. 
Um pedacinho de terra,
perdido no mar!...
Num pedacinho de terra,
beleza sem par...
Jamais a natureza
reuniu tanta beleza
jamais algum poeta
teve tanto para cantar
Num pedacinho de terra
belezas sem par!
Ilha da moça faceira,
da velha rendeira tradicional
Ilha da velha figueira
onde em tarde fagueira
vou ler meu jornal.
Tua lagoa formosa
ternura de rosa
poema ao luar,
cristal onde a lua vaidosa
sestrosa, dengosa
vem se espelhar...





sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Até mais, Lucas. Mas não teve graça

Não teve graça. Tu estavas sempre sorrindo, brincando pelos corredores.

- Relaxa! - sugeria você, mostrando os dentes, a quem chegava de mau humor, pedindo algo com muita pressa.

Tudo bem que tu não levasses nada muito a sério. Estavas certo, tu. Não tá certo, mesmo, ficar encucando com a maior parte das coisas.

Mas, cara, esse negócio de trânsito não dava. Eu sei, eu sei. Também dou minhas rateadas. Tu eras fera no volante, ninguém, muito menos tu, duvidava nisso.

Ok, pensando bem, prefiro crer que tu não estavas sem cinto. E que não estivesses voando.

Que merda, cara. Detesto esses papos caretas. Não é a minha cara, isso. Também odeio te lembrar que nasci muitos anos antes de ti e que tu deverias ouvir os mais velhos. Tenho certeza que alguém já tinha te dito isso.

Tá um saco essa minha conversa, mas quer saber o que é ruim mesmo? Ruim é passar os olhos pela redação e não flagrar os teus olhos curiosos, de menino que quer parecer vivido, prestando atenção em tudo em volta.

Aí, noite dessas, tu topaste com um buraco à toa que acabou com a brincadeira. Essa aí, não teve graça. Não terminando desse jeito.

Baita peça a vida nos pregou, se despedindo de ti.