sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Fome de vida

Entre um copo e outro, não sinto fome, não sinto sono.
Quero as pessoas por perto.
Quero rir, quero chorar
Ouvir histórias, contar.
A verdade é que desperto.

Que tal andar sem rumo na madrugada?
Vamos cantar um samba bonito
Recitar versos legais
Já ditos ou inventados agora

Teremos ideias geniais!
Acharemos soluções para o mundo
Viu que bonita está a lua?
Você já conhecia esta rua?

Quero ver o dia nascer
Sem comer
Sem dormir
Talvez sofrer
Mas quero sorrir.

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Daqui de dentro, vejo, ali fora, o mar, a ilha, as pontes, o sol.
Aqui, sentada em frente ao computador que funciona quando quer, sinto a brisa fresca com cheiro de maresia e tomo o meu café mexido.
Logo ali, na cozinha, a bagunça  e a sujeira produzidas ao cozinhar me aguardam.
No quarto, minha bagunça metodicamente organizada não me incomoda tanto. Mas confesso que me envergonha, um pouco. Melhor deixar a porta bem fechada e puxar a cortina para o lugar.
Adio o momento de levantar da desconfortável banqueta em frente à escrivaninha. Minhas costas dóem. Mas aqui está melhor.
Ou melhor lá fora, com sol, brisa mais fresca ainda e cheiro de maresia.
Dauqi a pouco, daqui a pouco.

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Dia de louco

Amanheceu e eu ainda estava com frio na barriga do dia anterior. Meu primeiro carro havia acabado de chegar. Agora era a vez de assinar o contrato - odeio burocracia.
Depois disso, dirigi pela primeira vez em Floripa. O meu carro!
Um misto de felicidade e ansiedade o dia inteiro.

No trabalho tudo corria bem. Nada fora da esperada rotina para um domingo. Quase no fim do expediente, perto da meia-noite, eu já me preparava para voltar para casa quando fico sabendo de um suposto sequestro na cabeceira da ponte Pedro Ivo, a que dá acesso à cidade.

Eu e o colega Glaicon, fotógrafo do DC, corremos para lá - literalmente, mesmo, a pé, já que o congestionamento passava do parque de Coqueiros. Cirenes, equipes do Bope e do Tático da PM preparados para atirar a qualquer momento.

Tentei chegar ainda mais perto, mas fui impedida pelos policiais. Nesssas horas é ruim ser mulher (ainda escrevo mais sobre isso mais tarde). O Glaicon estava praticamente grudado com os policiais durante a negociação. Ninguém arrancou ele de lá.

Mas tudo bem. As fotos estavam garantidas e ele me contaria tudo que viu e ouviu, depois. Por telefone, eu atualizava os colegas do DC online e também passava boletins pro pessoal da CBN.

O sequestrador se entregou e eu corri para a Central de Polícia, para onde ele seria levado. Consegui falar com ele e com o pessoal da empresa de ônibus. Estava tudo na mão, resguardadas as devidas possibilidades para aquele momento.

Chego na redação, azul de fome, e o que me espera? Uma linda pizza quatro queijos que os colegas tinham encomendado para enfrentar a madrugada. Delícia!

Conclusão: no fim das contas, o sequestrador nem estava armado. Eu não me saí tão mal ao volante quanto esperava. E a burocracia do contrato começa a se desenrolar.

A gente se preocupa, a gente tem cautela. Isso é bem necessário. Mas às vezes a gente exagera. Porque na maior parte das vezes, as coisas têm solução.

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Resoluções de um novo ano

Entra ano, sai ano e, estas épocas, de passagem, me deixam cheia de expectativa. Faço planos, muitos planos, e às vezes os anoto, como fiz no dia 31/12.
Tenho minhas dúvidas quanto a compartilha-los. Afinal, mudo de planos toda hora.
Mas, enfim.
Este ano vou:
- Estudar inglês e alemão (denovo)
- Comprar um carro
- Emagrecer
- Trabalhar mais em menos tempo
Na verdade, fazer planos me deixa entusiasmada.
Talvez mais do que colocá-los em prática.

Passeio

Mergulho no passado
Às vezes
E quase sempre
A viagem perturba