quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Daqui de dentro, vejo, ali fora, o mar, a ilha, as pontes, o sol.
Aqui, sentada em frente ao computador que funciona quando quer, sinto a brisa fresca com cheiro de maresia e tomo o meu café mexido.
Logo ali, na cozinha, a bagunça  e a sujeira produzidas ao cozinhar me aguardam.
No quarto, minha bagunça metodicamente organizada não me incomoda tanto. Mas confesso que me envergonha, um pouco. Melhor deixar a porta bem fechada e puxar a cortina para o lugar.
Adio o momento de levantar da desconfortável banqueta em frente à escrivaninha. Minhas costas dóem. Mas aqui está melhor.
Ou melhor lá fora, com sol, brisa mais fresca ainda e cheiro de maresia.
Dauqi a pouco, daqui a pouco.

4 comentários:

  1. Mui bonito teu post. Aliás, eu deveria fazer estágio numa redação de jornal. Acho que é por ali (e não nas faculdades) que circulam os bons escritores. O único poeta vivo que aprecio foi jornalista. Escreve com uma finura e precisão de dar inveja. Chama-se Paulo Neves (saiu uma matéria grande sobre ele na ZH). Mas vejo agora, feliz, que tem mais gente se formando na boa escola do jornalismo. Que bom e faz escrita da tua alma, Bianca, que a gente é que tem a ganhar!!

    ResponderExcluir
  2. Nunca sou cavalheiro nessas questões. Acredite ou não, fui sincero! (Estou supondo que cavalheirismo seja uma arte exterior, uma espécie de beleza dos gestos, que não traduz necessariamente os pensamentos e afecções da alma).

    ResponderExcluir

Gostou? Não? Comenta aqui.