quarta-feira, 27 de outubro de 2021
Escrevo como quem precisa
Quando escrevo sobre mim, escrevo como quem precisa, como quem anseia, como quem tem fome, como quem deseja.
Ainda assim, reluto. O que produzo não me parece à altura do que sinto. O que sinto não interessa a ninguém.
Depois da escrita, o alívio. Como quem mija depois de longas horas de aperto, como quem sacia, como quem goza.
Transbordo.
Enfim, o fluxo, o deleite.
Sigo mais leve.
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