Quebra-cabeça esquisito
"E aí, ainda está em Floripa?"
O SMS chegou de um número que ela não conhecia. A moça, então, resolveu responder perguntando quem era.
"Um guri que tu conheceu no bar tal e com quem tu ficou no lugar tal", foi a resposta. O lugar tal era outro que não o bar tal.
Um breve passeio na memória e, sim, os lugares eram conhecidos, outrora frequentados com mais intensidade. Mas nada de encontrar o momento em que havia conhecido alguém no tal bar e ficado, mais tarde, no tal lugar.
Outras mensagens se seguiram. Mais e mais elementos iam bagunçando este quebra-cabeça esquisito que teimava em não se encaixar. O encontro teria sido há mais ou menos um ano, a moça teria gostado de ficar com ele, mas no dia seguinte ao affair ele teria aparecido acompanhado de outra garota (o que explicaria o fato dos dois não terem se falado mais desde a época).
Poderia ser alguém que ela conheceu em algum momento, talvez nessa noite em que ele conheceu a tal menina pra quem achava que estava mandando a mensagem. Mas o jovem (ele não tinha contado a idade, ela imaginou que era) sabia o nome dela.
Então, pensou ela, só pode ser alguma amiga com algum número novo de celular, tirando uma onda.
"Bom dia, fulana (disse o nome dela)", escreveu em uma mensagem matutina, já no segundo ou terceiro dia de conversas desencontradas via SMS.
"Um bom dia pra ti também, fulano (a essa altura, ela sabia o nome dele, apesar de não lembrar de ninguém assim chamado que tivesse conhecido nos últimos sete ou dez anos), mas acho que estás me confundindo", respondeu a moça.
" Se você é alta, tem cabelos loiros e cacheados, gosta de metal e é do Oeste de Santa Catarina, não estou me confundindo" concluiu o jovem.
A menina era baixa, tinha cabelos castanhos e lisos. E gostava, mesmo, de samba. Ah, ela nunca tinha ido ao Oeste do Estado, apesar de ter parentes e amigos de lá.
Ela quis saber se o tal jovem existia. Perguntou se ele tinha conta num desses sites de relacionamentos. O guri existia, mesmo. A página não parecia fake. Mas ela tinha certeza que nunca tinha visto ele antes.
Os dois se encontraram, um tempo depois, pessoalmente, ao acaso. Eles não faziam a mínima ideia de como ele tinha o celular dela. O jovem e a moça riram da história toda.
O SMS chegou de um número que ela não conhecia. A moça, então, resolveu responder perguntando quem era.
"Um guri que tu conheceu no bar tal e com quem tu ficou no lugar tal", foi a resposta. O lugar tal era outro que não o bar tal.
Um breve passeio na memória e, sim, os lugares eram conhecidos, outrora frequentados com mais intensidade. Mas nada de encontrar o momento em que havia conhecido alguém no tal bar e ficado, mais tarde, no tal lugar.
Outras mensagens se seguiram. Mais e mais elementos iam bagunçando este quebra-cabeça esquisito que teimava em não se encaixar. O encontro teria sido há mais ou menos um ano, a moça teria gostado de ficar com ele, mas no dia seguinte ao affair ele teria aparecido acompanhado de outra garota (o que explicaria o fato dos dois não terem se falado mais desde a época).
Poderia ser alguém que ela conheceu em algum momento, talvez nessa noite em que ele conheceu a tal menina pra quem achava que estava mandando a mensagem. Mas o jovem (ele não tinha contado a idade, ela imaginou que era) sabia o nome dela.
Então, pensou ela, só pode ser alguma amiga com algum número novo de celular, tirando uma onda.
"Bom dia, fulana (disse o nome dela)", escreveu em uma mensagem matutina, já no segundo ou terceiro dia de conversas desencontradas via SMS.
"Um bom dia pra ti também, fulano (a essa altura, ela sabia o nome dele, apesar de não lembrar de ninguém assim chamado que tivesse conhecido nos últimos sete ou dez anos), mas acho que estás me confundindo", respondeu a moça.
" Se você é alta, tem cabelos loiros e cacheados, gosta de metal e é do Oeste de Santa Catarina, não estou me confundindo" concluiu o jovem.
A menina era baixa, tinha cabelos castanhos e lisos. E gostava, mesmo, de samba. Ah, ela nunca tinha ido ao Oeste do Estado, apesar de ter parentes e amigos de lá.
Ela quis saber se o tal jovem existia. Perguntou se ele tinha conta num desses sites de relacionamentos. O guri existia, mesmo. A página não parecia fake. Mas ela tinha certeza que nunca tinha visto ele antes.
Os dois se encontraram, um tempo depois, pessoalmente, ao acaso. Eles não faziam a mínima ideia de como ele tinha o celular dela. O jovem e a moça riram da história toda.
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