Curiosidade indigesta

O que o amor constrói, a internet destrói, disseram a ela certa vez. Nesse caso, ela nem sabia bem se era amor. Era semiapaixonada por ele, costumava dizer para as amigas mais chegadas. Ele era um menino com pegada de homem, um homem com jeito de moleque.
Os dois não se viam sempre. Mas curtiam se encontrar de vez em quando. Ela ficava abobada, toda vez que o telefone tocava e o visor do aparelho mostrava que era ele do outro lado da linha. No day after, o sorriso era de boca a boca.
Eram ficantes fixos, pra não dizer outra coisa. Ok, nem tão fixos assim. Não interessava a vida sentimental de um para o outro. Contava só aquela coisa boa, de dividir a cama, de trocar calor, e até de confiar algum segredo. Os dois pareciam pessoas confiáveis um para o outro.

Mas aquele dia ela entendeu porque ele não atendeu o último telefonema. Aquela mensagem na página dele doeu fisicamente no estômago. Era do jogo, mas foi o suficiente para ela não querer sentir aquilo denovo.
Outras mensagens provavelmente apareceriam com o tempo. A semiapaixonada da história era ela.
Não tinha nada de errado com o fato dele receber mensagens quentes de outras meninas que dividiram a cama com ele. Na verdade, nem com o fato de ela não gostar disso. Ela tirou o time de campo.

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