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Mostrando postagens de maio, 2010

Nem tão puro, nem tão sujo

Gosto de gente fina, elegante e sincera, como disse o cara. Os três, ao mesmo tempo. Esse negócio de sinceridade sem fineza não me agrada. É preciso tato, é necessário trato. Até porque nem toda a verdade precisa ser dita. Fineza sem sinceridade também não presta, né? Cheira a falsidade, algo artificial, forjado. Gosto de gente assim, elegante na essência. Fina e sincera. Sensível na medida certa.

Quem será que inventou isso?

Como explicar a amizade? Não sei. Mas li esses dias, em algum lugar que não lembro, que pode ser resumida como a vontade de ter recordações em comum. Me convenceu.

Introspecção

Tá. Já cheguei à conclusão de que pode ser o frio. Minha alma é assim, meio ursa. E ibernar é preciso. Parti, devagarinho, pra uma viagem pra dentro de mim. Pra dentro dos livros, de filmes. De músicas que me fazem sentir e pensar. "Todo cambia", cantou Mercedes, La Negra. O estado de espírito também. Não sei quão longo vai ser o passeio. Vou ver o que tem de novo aqui. Guardar com carinho o que merece ser guardado. Colocar fora o que não presta mais. Ordenar pensamentos. E ver o que faço com o que sobra. Talvez isso dure um minuto. Pode ser que dure o inverno inteiro. Por ora, hasta la vista!

Dia de trabalho

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Em meio à correria, aproveitei para registrar o caminho.

Noite de domingo

O samba rolavava lá dentro e eu observava do lado de fora. "Hoje o samba saiu... laiá laiá... procurando você", cantavam. Que nada. Eu é que saí procurando por ele. Aquela música amolecia até a alma mais dura. E tinha também as luzes da cidade, de longe. A ponte vista de outro ângulo. A lua tímida, entre algumas nuvens. O cheiro de maresia e aquele vento úmido, forte. Madeira de rancho velha, chão meio batido. Uma cerca que alguém derrubou pra poder caminhar na areia e molhar os pés. Ah, como eu amo esta ilha!